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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Fevereiro 2010

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”

No salmo 133:1, que é o tema do nosso Retiro Espiritual, Davi inicia o salmo com uma expressão de satisfação e prazer: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos”. Esta expressão “viverem unidos os irmãos”, literalmente significa “sentados juntos”, ou seja, nos traz a mente, aquele momento gostoso quando nos sentamos a mesa para uma refeição, com um amigo, parente ou familiar, ou quando recebemos alguém querido e nos sentamos com ele no sofá da sala para papear despreocupadamente.

Lembram-se de como viviam os cristãos primitivos? “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum... perseveravam unânimes no templo, partiam o pão de casa em casa e tomavam suas refeições com alegria e singeleza de coração”. At.2:44-47 “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum” At.4:32

Foi este o estilo de vida, e o modelo de unidade que nos legaram os apóstolos e os primeiros cristãos. Como nos afastamos desse modelo! Quão egoisticamente temos vivido! Quão isolados estamos uns dos outros, a ponto de não saber nem mesmo os nomes daqueles com quem convivemos! Quão divididos e escondidos em nossas trincheiras estamos! Precisamos urgentemente voltar as origens, ao modelo neotestamentário de unidade, pois nosso isolamento, divisões e partidarismo, tem afastado as pessoas de Cristo e trazido vexame e não glória ao seu nome.

Voltando ao salmo 133, Davi usa duas analogias para expressar a benção derivada da unidade entre os irmãos: o perfume aromático da unção sacerdotal e o orvalho fresco do Monte Hermom.

A analogia é simples: Israel era abençoado através do ministério sacerdotal, representado por Aarão. Os sacerdotes traziam no pescoço um colar contendo as 12 pedras de Onix, que representavam cada uma das 12 tribos de Israel, quando o azeite era derramado sobre a cabeça do sacerdote, descia para sua roupa e ungia também o colar representando as tribos de Israel. A segunda analogia tem o mesmo sentido, ou seja, o orvalho que descia do monte Hermom ao norte de Israel regava boa parte do território ao redor, tornando-o muito fértil e produtivo, além de ser a nascente do Rio Jordão que atravessa todo o território Israelense, para desaguar no Mar Morto ao sul, como no sul também estava o Monte Sião.

Concluindo, todo o povo é retratado no sacerdote: da cabeça ao corpo, e o país do Hermon a Sião, tem seu território ungido com o orvalho, assim como o sacerdote era ungido com o óleo da consagração. A unidade trazia benção e vida a nação.

Busquemos com diligência esta unidade, esforcemo-nos para sermos de fato um, pois disso depende a benção, a unção e a vida da igreja.

Pastor Luiz Nunes

(Boletim ano III - nº 23 - 01 de fevereiro de 2010 - IBBSC)